terça-feira, 5 de julho de 2011

Agências de rating – O que fazer?

crise01A agência de rating Fitch resolveu baixar novamente o rating de Portugal, que significa que em termos práticos, que o risco do país não pagar um empréstimo aumentou e com isso vão aumentar os juros que nos são pedidos.

Estranho é isto acontecer quando o Governo de Portugal anuncia que pretende ir a mercado efectuar mais pedidos de empréstimo.

Portugal é um país que está a executar e a cumprir o plano da troika, e mesmo assim, baixam-nos o rating.

Mais estranho é que se analisarmos bem, a grande potência que é os Estados Unidos da América, estes em termos técnicos encontram-se na mesma situação do que Portugal, ou pior ainda. Também precisam de gastar menos na despesa pública, mas ao que se sabe estão a gastar mais.

No entanto, as agências de rating para não baixam o rating dos E.U.A., que em termos de dívidas tem uma dívida astronómica. Ameaçam, ameaçam, mas nunca baixam o rating, e ninguém consegue perceber o é que os E.U.A. possam fazer para resolver a sua situação económica.

O que se passa é que as agências de rating são todas americanas, embora haja uma que seja controlada pelos franceses, mas é apenas uma gota no oceano.

Eu tomo estas atitudes como um atentado à soberania europeia, e pode, e deve ser discutido pelos ministros da Defesa Europeus. Como membros da NATO, devem levar este ataque económico à soberania da União Europeia a discussão nas altas instâncias desta organização.

As agências de rating são essenciais ao funcionamento da economia mundial, mas devem ser isentas e não o estão a ser, ao tomarem deliberadamente dois pesos e duas medidas deve ser discutido quais as suas intenções.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

4 de Julho – Jornais, Futebol e Factos

No dia em que os americanos celebram mais um aniversário da sua declaração de independencia, resolvi escrever hoje sobre futebol.

Porquê o futebol? Porque estamos no dia em que todos os candidatos habituais ao título já iniciaram a sua pré-epoca. Temos os eternos habituais, Porto, Benfica e Sporting, e o outro que já começa a entrar nestas disputas, o Braga.

JornaisA primeira referência vai para os jornais de “informação” desportiva. Aqui apresento entre aspas a palavra informação, porque de informação tem muito pouco. É raro abrir um jornal desportivo e conseguir encontrar alguma informação, e ainda menos alguma informação sobre desporto.

Proponho que os ditos jornais desportivos passem a designar-se por Jornais de Especulação Futebolística. Senhores jornalistas e editores dos jornais desportivos, numa altura em que existe crise, os portugueses querem comprar informação não querem especulação, e já não se pode dizer especulação barata!

O outro ponto que gostaria de abordar é a “dor de cotovelo” do dirigismo lisboeta. Nas últimas décadas tem-se assistido ano após, a alegações de dirigentes maioritariamente benfiquistas e alguns sportinguistas para com as arbitragens e a alegados benefícios ao FC do Porto, de forma a mascarar as suas lacunas e incompetências.

A arbitragem em Portugal não me parece muito diferente dos restantes campeonatos europeus, a única diferença, e mais uma vez lá vêm os jornalistas à baila, é o modo como  se trata a informação de um evento desportivo. Como os benfiquistas eram 6 milhões e normalmente perdem mais do que o outro candidato do Norte, os editores encontraram esta forma de vender jornais, porque ninguém compra um jornal para ler sobre as derrotas do seu clube, ou para ler sobre as vitórias do adversário, mas se se insinuar um outro factor para justificar essa derrota, lá se conseguem enfiar mais uns jornais em 60% da população. E assim se se aumenta a quota de mercado e se esquece o dever de dar uma informação isenta. Talvez se optassem por abordar outros desporto e optassem por publicar notícias, não estivessem nessa situação.

retornoMas a torneira está a fechar-se.

1º Facto - Dos sempre habituais candidatos aos títulos internos, apenas um consegue ganhar além fronteiras. Estranho não é?! Como é que clubes equivalentes internamente, não conseguem ter a mesma expressão além fronteiras? Alguém está a equilibrar internamente os pratos da balança.

2º Facto – Porque é que os jogadores que saem do Porto, quando saem para outros campeonatos continuam a conquistar títulos nos clubes para onde vão e quando saem do Benfica raramente conquistam títulos externamente? A diferença deve estar no valor e na mentalidade dos jogadores e por isso uns são campeões e outros não. Mas a justificação é sempre outra.

Poderia continuar a enumerar mais factos mas o post já vai longo. Apenas quero referir que os títulos e reconhecimento vêm com a competência e trabalho, não são fabricados e encomendados. Podemos sempre referir e anunciar que somos bons, mas meus amigos temos sempre  de demonstrá-lo. Esta é uma analogia com o que acontece no futebol, mas que deve ser observada e aplicada na nossa vida.