quinta-feira, 30 de junho de 2011

Desincentivar o Consumo

untitledApós verificar que a derrapagem financeira que o anterior governo nos deixou era maior que a informada em todas as comunicações aos portugueses, PPC, resolve criar um imposto de 50% sobre o Subsídio de Natal para tapar este buraco financeiro herdado do anterior governo. Todos nós sabíamos que as contas apresentadas não poderiam ser verdadeiras, mas mesmo assim, 29% dos portugueses quiseram acreditar no conto de fadas e contribuir para o alargamento do buraco.

Será que ainda vamos a tempo de tapar este buraco cada vez maior?

A forma que PPC encontrou para aplicar este imposto é que ainda não está totalmente definida, se de uma só tranche, na altura do subsídio ou se faseada, todos os meses.

Mas ao que parece este imposto só vai incidir na diferença entre o valor do subsídio e o ordenado mínimo. Por exemplo, quem tiver um subsídio de Natal de 1000€, iria pagar este imposto sobre o valor calculado de, 1000€ (Subsídio) subtraído de 485€ (Ordenado Mínimo), que seria de 515€, ou seja, iria pagar 257,50€ de imposto.

A mim parecer-me-á um erro se a forma de o fazer for de uma só vez, em Novembro ou Dezembro, uma altura em que por tradição o consumismo  é maior, e estaria-se a dar uma mensagem clara de não incentivo ao consumo com as consequentes que isso poderá trazer à Economia portuguesa.

Sabe-se também que, principalmente na classe média, média-baixa, que o subsídio de Natal, é muitas vezes utilizado para equilibrar e pagar os extras que se efectuaram ao longo do ano. A aplicação de um imposto tão elevado, poderá levar a que os portugueses optem por não pagar as divídas, por exemplo, do cartão de crédito, e outros do género com consequências para o mercado financeiro português (banca e financeiras).

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