quinta-feira, 9 de junho de 2011

Recuperação portuguesa

bandeira-nacional11A ministra francesa das Finanças e candidata à direcção do FMI, Christine Lagarde, prevê que a recuperação económica em Portugal será mais rápida do que na Grécia devido à "aliança" política em torno do programa de ajuda externa.

Esta aliança que será gerida por um governo de maioria (PSD e CDS/PP), mas que é composta também pelo PS, é para a candidata à direcção do FMI a chave para a recuperação económica de Portugal.

"Uma grande força de Portugal, e que espero que a Grécia consiga imitar, é que os partidos políticos uniram-se e formaram uma aliança. Isso foi decisivo para construir e restaurar a confiança".

Também nós portugueses queremos acreditar que de uma vez por todas serão postos em primeiro lugar os interesses do país, no lugar dos interesses partidários.

Grécia, Irlanda e Portugal são os países da União Europeia que no último ano solicitaram a ajuda financeira externa, e apesar de apenas representarem seis por cento do produto interno bruto da zona euro, estão debaixo dos olhos da comunidade financeira internacional, e o descalabro de um só destes países pode vir a ter consequências gravíssimas na estabilidade económica da União Europeia.

É pelo perigo de contágio aos outros membros, que é necessário recuperar rapidamente estas economias e apesar de cada país ser diferente e ter de responder a diferentes categorias de problemas e questões, é no cumprimento dos planos traçados que se traduz numa rápida recuperação.

O facto de Portugal poder vir a ter como se espera um governo de maioria e uma coligação alargada com o maior partido da oposição para a resolução dos problemas fundamentais do país, espera-se que o plano da “troika” seja cumprido sem percalços de maior.

É do cumprimento do plano, da estabilidade política, e do assumir de responsabilidades pelos três maiores partidos (78,42% dos votos), que se prevê que Portugal tenha a mais rápida recuperação das três economias mais débeis da zona Euro.

Portugal vai receber 78 mil milhões de euros durante os próximos três anos para equilibrar as suas finanças públicas, no âmbito do programa de ajuda externa acordado o mês passado com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI (a troika).

Espera-se que o programa de ajuda financeira não seja só um conjunto de medidas de austeridade, mas também a construção de bases financeiras sólidas para o futuro.

0 comentários: