Assim vai a nobreza da nossa política. Passos Coelho, após consulta aos partidos pelo Presidente da República, foi hoje indigitado 1º Ministro.
Começando bem ou mal, mais tarde se verá, Passos Coelho mantém a palavra que deu a Fernando Nobre, e confirma que o PSD o vai propôr o cabeça de lista por Lisboa a Presidente da Assembleia da República.
Esta é uma questão que tem levantado muita celeuma, e no meu entender bem, porque apesar de todas as qualidades do Dr. Fernando Nobre, é sabido que se há lugar na política onde é necessário saber de política, esse é o lugar a que agora se candidata.
Com esta atitude, o líder do PSD quer mostrar que é um homem de palavra e de convições fortes, mas dá a mostrar ao país que afinal é também um homem que gosta de conflitos, e que coloca por vezes os interesses pessoais acima dos do país.
Fez questão de realçar que esta questão não é uma questão de governabilidade, e por isso tomou a atitude que tomou, mas quando uma questão coloca em divergência tão acentuada os dois partidos do governo, no meu entender já se torna numa questão de governabilidade.
Ao confirmar-se que os restantes partidos também não apoiem, e não se abstenham na proposta do PSD, espero também que Paulo Portas, líder do CDS/PP, mantenha também a sua palavra e não apoie o candidato Nobre à Presidência da Assembleia da República e lhe tire assim o tapete à sua eleição.
Antes de irem a votos no Parlamento, seria de bom tom, o deputado Fernando Nobre, tomar ele proprio a iniciativa e retirar a sua candidatura, protegendo o líder do PSD e o partido a um mau arranque da sua legislatura, colocando acima os interesses nacionais.
Pede-se nobreza nas decisões com vista a salvaguardar Portugal de mais uma novela política que nada abonará no bom nome do nosso país.
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